O ABANDONO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DO ESPORTE ESCOLAR: QUANDO A LEI É IGNORADA.
Apesar das conquistas brasileiras no cenário esportivo internacional, a Educação Física e o esporte escolar, a base fundamental para a formação esportiva e social do país, enfrentam um grave abandono.
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| Foto Diário de notícias Maranhense, 12 de junho de 2024. |
Apesar das conquistas brasileiras no cenário esportivo internacional, a Educação Física e o esporte escolar, a base fundamental para a formação esportiva e social do país, enfrentam um grave abandono. Muitos desconhecem, mas a legislação nacional, reforçada pela Constituição Federal, é clara: o investimento público deve priorizar o esporte educacional. No entanto, na prática, os recursos são escassos e a infraestrutura precária, resultando na precarização da Educação Física. Como um país cuja lei exige o investimento prioritário no esporte educacional falhar na gestão do esporte escolar? Os dados confirmam a crise. O Censo Escolar de 2023 (Inep/MEC) mostra que apenas 36,2% das escolas públicas do Brasil possuem quadras esportivas adequadas, limitando drasticamente o acesso dos estudantes à Educação Física e ao esporte. O desinteresse institucional é evidente, em 2025, o país quase ficou de fora dos Jogos Sul-Americanos Escolares por falta de verba e organização, enviando a delegação apenas após mobilização de última hora. Enquanto a rede privada investe pesadamente em projetos e infraestrutura de ponta, a rede pública sofre com a carência de material, espaços e a falta de profissionais devidamente remunerados. Muitos professores trabalham de forma voluntária, evidenciando a precarização do setor e acentuando a desigualdade esportiva. O abandono da Educação Física e do esporte escolar prejudica não só a formação de atletas e a inclusão social, mas representa um risco de saúde pública. Um estudo sueco de 2025, que analisou dados de mais de 269 mil adultos acompanhados por até 28 anos, confirmou que a participação juvenil em atividades físicas está associada a um risco significativamente menor de desenvolver doenças cardiovasculares na vida adulta. A pesquisa é categórica, jovens que não participam da Educação Física na escola se tornam um grupo extremamente vulnerável, com maior chance de desenvolver maus hábitos e doenças crônicas no futuro. Quando os recursos públicos que deveriam ir para a base são desviados ou concentrados apenas no esporte de alto rendimento profissional, estamos invertendo a lógica e cortando as raízes de nosso próprio futuro social e esportivo. A sociedade civil e a imprensa precisam cobrar dos gestores públicos a aplicação correta da lei. A Educação Física e o esporte escolar são um investimento estratégico para o futuro do país, garantindo não apenas a renovação esportiva, mas a promoção da saúde pública e a inclusão social. O Brasil precisa honrar sua própria legislação. Somente com o investimento prioritário e contínuo na Educação Física e no esporte de formação, garantiremos oportunidades reais para toda a população. Este é o caminho para impedir que jovens talentos sejam forçados a abandonar o pódio pela subsistência e para assegurar que a sociedade como um todo possa escolher a saúde em vez do sedentarismo. Muitos desconhecem, mas a legislação nacional, reforçada pela Constituição Federal, é clara: o investimento público deve priorizar o esporte educacional. No entanto, na prática, os recursos são escassos e a infraestrutura precária, resultando na precarização da Educação Física. Como um país cuja lei exige o investimento prioritário no esporte educacional falhar na gestão do esporte escolar? Os dados confirmam a crise. O Censo Escolar de 2023 (Inep/MEC) mostra que apenas 36,2% das escolas públicas do Brasil possuem quadras esportivas adequadas, limitando drasticamente o acesso dos estudantes à Educação Física e ao esporte. O desinteresse institucional é evidente, em 2025, o país quase ficou de fora dos Jogos Sul-Americanos Escolares por falta de verba e organização, enviando a delegação apenas após mobilização de última hora. Enquanto a rede privada investe pesadamente em projetos e infraestrutura de ponta, a rede pública sofre com a carência de material, espaços e a falta de profissionais devidamente remunerados. Muitos professores trabalham de forma voluntária, evidenciando a precarização do setor e acentuando a desigualdade esportiva. O abandono da Educação Física e do esporte escolar prejudica não só a formação de atletas e a inclusão social, mas representa um risco de saúde pública. Um estudo sueco de 2025, que analisou dados de mais de 269 mil adultos acompanhados por até 28 anos, confirmou que a participação juvenil em atividades físicas está associada a um risco significativamente menor de desenvolver doenças cardiovasculares na vida adulta. A pesquisa é categórica, jovens que não participam da Educação Física na escola se tornam um grupo extremamente vulnerável, com maior chance de desenvolver maus hábitos e doenças crônicas no futuro. Quando os recursos públicos que deveriam ir para a base são desviados ou concentrados apenas no esporte de alto rendimento profissional, estamos invertendo a lógica e cortando as raízes de nosso próprio futuro social e esportivo. A sociedade civil e a imprensa precisam cobrar dos gestores públicos a aplicação correta da lei. A Educação Física e o esporte escolar são um investimento estratégico para o futuro do país, garantindo não apenas a renovação esportiva, mas a promoção da saúde pública e a inclusão social. O Brasil precisa honrar sua própria legislação. Somente com o investimento prioritário e contínuo na Educação Física e no esporte de formação, garantiremos oportunidades reais para toda a população. Este é o caminho para impedir que jovens talentos sejam forçados a abandonar o pódio pela subsistência e para assegurar que a sociedade como um todo possa escolher a saúde em vez do sedentarismo. |
